quarta-feira, 17 de março de 2010

Enfim Holanda.




O nosso palo de arara foi é ligeiro. Num instante chegamos aqui nas terra de Maurício de Nassal. Vöo tranquilo, sentei perto de uns holandeses gente boa que vieram conversando comigo. Até ai, tudo bem.
Mas tem uma coisa que meu cumpadi sempre me diz que, aqui, pude constatar que era verdade: voce pode passar o perfume que for, mas a catinga de leite de rosa com alfazema nunca saiu de voce. E parece que foi esse cheirinho que o Policial Federal daqui sentiu quando olhou pra mim. Eu todo prosa, macauense, ja ia cheio de goga saindo da zona de desembarque, quando uma galego daqueles das ureia bem grande, me para e pergunta " Goede avond, Meneer waar komt u vadaan"? (Digai boy, tu é de onde?)"Ik kom uit Brazilie" (Eu sou do Brasil, ó). Ele escutou só o B do Brasil e ja foi dizendo "Kom u even hier met mij mee alstublijft" (Boraqui!). Tive que me dirigir até uma outra área para passar minha mala no raio-x. Rapaz, gringo é chique mesmo, o cabra pra conseguir bater uma chapa dos peitos cheios de catarro tinha que bater em Natal. Aí, um gringo réi desse, passa o Raio-x na mala. Rapaz tinha de tudo ali, menos catarro. Eu garanto! Pois é, ele olhou, olhou e viu um pedacinho de metal lá e abriu minha mala. O cabra escavacou foi tudo, olhou minhas cuecas, abriu minha carteira até descobrir que o problema todinho era a fivela do meu cinto. AAAh, fela da gaita. Desde quando fivela de cinto tem cor de catarro?? Nem amarelo era!! Oh cabra matuto, sabe nem pra que serve uma maquina de raio-x, e ainda quer ser policial.

Pois, bem saí do aeroporto e vim direto para Breda porque minha digníssima teve que vir para a faculdade. Eu, de gaiato, entrei pra assistir a aula. Ei, pense numa briga de foice, eu contra minhas palpebras. Eu querendo olhar pro professor e as bichas se fechando. Mas no final das contas a aula foi interessante. Falava sobre a espiritualidade no Marketing turístico e no gerencimanto das empresas. No comeco eu achei que tinha alguma cois a ver com gerente bater catimbó, mas nao teve nada a ver. Por sorte, meu Holandes foi suficiente para entender a aula. Caso contrário, eu teria dormido, e ai com certeza o professor colocaria o "aluno" pra fora.
Neste exato momento, como bom macauense, estou dando uma godelada na sala de informática da universidade. Macauense nao pode ver uma internet. Daqui,como bom holandes, pego a bicicleta e vou dar uma volta pra conhecer a cidade.
Falando nisso, eu acho que vou fazer meu mestrado em remendador de camara de ar e vou vir morar aqui. Eita lugarzinho pra ter bicicleta!!!

Por hoje, vou ficando por aqui.

terça-feira, 16 de março de 2010

Palo de Arara vai à Holanda



Rapaz, nordestino é cabra desenrolado mesmo. Inventaram agora até uma tal de uma toyta hibrida que atravessa o mar.Agora o Palo de Arara além de atravessar o país, atravessa até o mar!
Depois de ter xexado carro de argentino com a namorada dentro, caído do cavalo, tomado a catuaba com amendoim dos índios, pegado carona em uma rural só o cambão, ter feito gringo chamar galado e dizer que vai botar boneco, resolvemos , mais uma vez, cruzar as fronteiras do país, para levar um pouco do que é ser Norderstino.O negócio é que,dessa vez, pro outro lado. Atravessaremos o oceano em nosso Palo de Arara ou melhor hout van papegaai e daremos o pira rumo à Holanda.
A missão dessa vez é mais complicada. Menos tempo e mais trabalho. Será que algum galego do zói azul vai querer chamar galado,mandar alguém se reiar, ou pelo menos dançar lapada na rachada??

Não perca os próximos posts.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Catuaba com Amendoim, e uns ovinhos de codorna

Na província de La Rioja descobrimos a catuaba dos indígenas argentinos... Confiram!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Aula de Natalês

Para mim a linguagem não é nada mais do que um reflexo da cultura. As palavras não encontram finalidade em si própria, senão representa um simples veículos transpotador de experiências históricas, sociáis, valorativas, etc. Quando alguém aqui em Natal, por exemplo, abre a boca para dizer " Vai te rear, baitola". Simbolicamente, observamos o homofobismo incultido em nossa sociedade que, por sua vez, desleva uma sociedade conservadora, tradicional, agrícola. Já pararam para imaginar o peso que tem chamar alguém, de corno, viado, ladrão ou maconheiro? A palavra em si é vaga de signifância, mas o valor que a elas atriuimos carrega características do que é ser membro de determinado ciclo cultural. Talvez chamar alguém de maconheiro na Holanda, onde a macanha é legalizada não tem o mesmo grau de insulto. Chamar algum político de ladrão, já não produz o mesmo efeito que em outros países. A linguagem é o espelho de uma sociedade.
Tomemos mais alguns exemplos.
" Vou rebolar no mato" : Expressão que desvela uma sociedade rural, campesina, matuta, no sentido etimológico da palavra. Por isso, se fala mais no interior.
" Bora, boy": Influência da "invasão" norte-americana em nossa cidade.
"filho de uma égua": Conota, mais uma vez, a ruralidade do interior do estado, e relembra os affairs com os animais do campo, na ausência de mulheres, ou quem sabe, por puro deleite. Como diria meu amigo Javito. El hombre es un ser muy sabio, por eso cria cabritas, para los tiempos de hambre. Mas deixemos de lado esses detalhes sórdidos.

Dado esse fundo cultural imbutido no linguajar de alguém, que demos algumas aulinhas de portuguÊs ou melhor, natalês misturado com macauês,para o nosso amigo Sammuel da suiça para que quando ele venha ao Rio Grande do Norte esteja habilitado a conversar com os nossos conterrâneos.