segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Pegando o beco de novo


Pense num tempao da bixiga que fazia que eu num aparecia por aqui. Dessa vez, o nosso palo de arara chegou mais uma vez na europa, em Maastricht. Vamos mostrar como é viajar de trem na Holanda e um pouco da cidade.



Maastricht cujo nome também é por vezes escrito Maestricht (como em neerlandês antigo) ou Mastrique, é uma cidade neerlandesa com 118 500 habitantes (2010). É a mais antiga das cidades neerlandesas e hoje é capital da província de Limburgo. Espalha-se por ambas as margens do rio Mosa ("Maas" em neerlandês), na extremidade sudoeste dos Países Baixos, um território estreito, encravado entre a Bélgica e a Alemanha. O nome da cidade deriva dos seus nomes latinos, Traiectum ad Mosam e Mosae Traiectum (Travessia da Mosa), que se refere à ponte construída pelos romanos durante o reinado de César Augusto.

Há várias instituições que se localizam na cidade, entre as quais a Universidade de Maastricht (Universiteit van Maastricht) e o Museu Bonnefanten, de arte.

A sul da cidade situa-se o St. Pietersberg ("Monte São Pedro"), onde se ergue um forte antigo e que tem uma rede de grutas, que mantêm uma temperatura constante de 10ºC e servem de local de hibernação para morcegos. Em certas épocas do ano, podem-se visitar as grutas em visitas guiadas.Essas cavernas foram construidas pelos romanos a 2000 anos atras e tem aproximadamente 8km de extensão.Durante a 2°Guerra mundial foi adequada para abrigar de 30000 a 40000 pessoas mas foi utilizada apenas por 3000 nos ultimos dias de guerra.Dentro da caverna é possivel apreciar pinturas feitas no decorrer dos anos.

Maastricht tem ligação por caminho de ferro a Liège, na Bélgica, a Eindhoven e a outros locais, e um aeroporto partilhado com a cidade de Aachen (Aquisgrão), na Alemanha.

Foi nessa cidade que, no ano de 1992 foi assinado o Tratado de Maastricht, que veio a substituir o Tratado de Roma, de 1957. E tinha, como objetivo principal, a unificação monetária, através do Euro, realizada em 1 de Janeiro de 2002.




sábado, 15 de maio de 2010

DE bicleta na holanda






Da Holanda já voltei faz tempo, mas meu coração ficou por lá... hhahaha.. Tanta coisa boa, tanto material bom que eu poderia ter trazido de lá para o blog, mas me abestalhei, a câmera quebrou. Diga ai a fuleragem! As fotos que tirei foi com o cel de Melaya. Meu celular bate foto, mas é pebado. Esse povo liso que inventa de engolir corda na Europa, é osso... ¬¬
Pois bem, amigos. Que posso eu lhes contar sobre a terra da rainha Beatriz?
A primeira coisa, nunca vi um povo pra gostar de bicicleta que nem eles. Eu acho que na minha meninice eu pedalei tanto quanto lá. Ei, mas lá o povo é meio atrazado. Aqui a gente andava pros cantos de blicleta de alumínio ou quadro cromado. Eu num podia ver um CD que colocava logo no "aro" da bicleta pra enfeitar. Bicicleta de marcha, mountain bike. Lá a mountain bike só se usa pra pedalar na floresta. Na rua, geralmente, as pessaos andam com aquele modelo da clássica monark. Sabe, aquela do bagajeiro, quadro arredodando e dos guidons tortos, parecendo chifre de bode.
Outra coisa, todo tipo de invenção pra bicleta eles tem. Cadeirinha pra menino pequeno, uma bacia na frente pra carregar a filharada, bicleta para 3 pessoas, bicleta da cerveja (Um monte de gente pedalando numa mesma bicicleta, um vai guiando e no meio umas torneirinhas de cerveja).
Qualquer estação de trem que vocÊ chega, é a primeira coisa que se vÊ o pátio para guardar as biciletas. DOs mais ricos aos mais pobres, todos vão de bicleta para o trabalho, escola, balada,supermercado.














E é segura andar de bicicleta?
A gente sabe que em Natal, se vocÊ disser que vai ali de bicleta, sua mãe já começa a pedir a Deus proteção. Ninguém respeita. Não há faixas de ciclistas, nada. Nos Países Baixos todas as cidades têm o famoso Fietspad, onde você pode pedalar tranquilamente. Não se adminer ao ver os ciclistas fazendo a sinalização de trânsido com os braços quando vão fazer uma curva, é normal lá. Quem inventa de atropelar um ciclista tá lasacado.

Fietspad




Outra coisa interessante é o que eles chamam de Fiets Gejat (Dar o ganho numa bicleta). Isso acontece muito em Amsteram. Quando o pessoal sai pra rua, eles deixam suas fietsen em qualquer lugar. Onde quer que se ande na capital holandesa tem bicicleta presa... num pé de pau, num poste, numa grade... em todo canto. O que acontece? O povo chega melado, querendo resenhar roubam sua bicicleta, dão um rolé e depois jogam nos canais da cidade.
Todo canto é canto pra deixar sua bike...


1) Adolescentes bricando de jogar bicletas nos canais




2) Fazendo a limpeza dos canais em Amsterdam



Eu falei que lá eles vão e voltam da balada de bicleta... Isso daria certo no Brasil?????

quarta-feira, 17 de março de 2010

Enfim Holanda.




O nosso palo de arara foi é ligeiro. Num instante chegamos aqui nas terra de Maurício de Nassal. Vöo tranquilo, sentei perto de uns holandeses gente boa que vieram conversando comigo. Até ai, tudo bem.
Mas tem uma coisa que meu cumpadi sempre me diz que, aqui, pude constatar que era verdade: voce pode passar o perfume que for, mas a catinga de leite de rosa com alfazema nunca saiu de voce. E parece que foi esse cheirinho que o Policial Federal daqui sentiu quando olhou pra mim. Eu todo prosa, macauense, ja ia cheio de goga saindo da zona de desembarque, quando uma galego daqueles das ureia bem grande, me para e pergunta " Goede avond, Meneer waar komt u vadaan"? (Digai boy, tu é de onde?)"Ik kom uit Brazilie" (Eu sou do Brasil, ó). Ele escutou só o B do Brasil e ja foi dizendo "Kom u even hier met mij mee alstublijft" (Boraqui!). Tive que me dirigir até uma outra área para passar minha mala no raio-x. Rapaz, gringo é chique mesmo, o cabra pra conseguir bater uma chapa dos peitos cheios de catarro tinha que bater em Natal. Aí, um gringo réi desse, passa o Raio-x na mala. Rapaz tinha de tudo ali, menos catarro. Eu garanto! Pois é, ele olhou, olhou e viu um pedacinho de metal lá e abriu minha mala. O cabra escavacou foi tudo, olhou minhas cuecas, abriu minha carteira até descobrir que o problema todinho era a fivela do meu cinto. AAAh, fela da gaita. Desde quando fivela de cinto tem cor de catarro?? Nem amarelo era!! Oh cabra matuto, sabe nem pra que serve uma maquina de raio-x, e ainda quer ser policial.

Pois, bem saí do aeroporto e vim direto para Breda porque minha digníssima teve que vir para a faculdade. Eu, de gaiato, entrei pra assistir a aula. Ei, pense numa briga de foice, eu contra minhas palpebras. Eu querendo olhar pro professor e as bichas se fechando. Mas no final das contas a aula foi interessante. Falava sobre a espiritualidade no Marketing turístico e no gerencimanto das empresas. No comeco eu achei que tinha alguma cois a ver com gerente bater catimbó, mas nao teve nada a ver. Por sorte, meu Holandes foi suficiente para entender a aula. Caso contrário, eu teria dormido, e ai com certeza o professor colocaria o "aluno" pra fora.
Neste exato momento, como bom macauense, estou dando uma godelada na sala de informática da universidade. Macauense nao pode ver uma internet. Daqui,como bom holandes, pego a bicicleta e vou dar uma volta pra conhecer a cidade.
Falando nisso, eu acho que vou fazer meu mestrado em remendador de camara de ar e vou vir morar aqui. Eita lugarzinho pra ter bicicleta!!!

Por hoje, vou ficando por aqui.

terça-feira, 16 de março de 2010

Palo de Arara vai à Holanda



Rapaz, nordestino é cabra desenrolado mesmo. Inventaram agora até uma tal de uma toyta hibrida que atravessa o mar.Agora o Palo de Arara além de atravessar o país, atravessa até o mar!
Depois de ter xexado carro de argentino com a namorada dentro, caído do cavalo, tomado a catuaba com amendoim dos índios, pegado carona em uma rural só o cambão, ter feito gringo chamar galado e dizer que vai botar boneco, resolvemos , mais uma vez, cruzar as fronteiras do país, para levar um pouco do que é ser Norderstino.O negócio é que,dessa vez, pro outro lado. Atravessaremos o oceano em nosso Palo de Arara ou melhor hout van papegaai e daremos o pira rumo à Holanda.
A missão dessa vez é mais complicada. Menos tempo e mais trabalho. Será que algum galego do zói azul vai querer chamar galado,mandar alguém se reiar, ou pelo menos dançar lapada na rachada??

Não perca os próximos posts.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Catuaba com Amendoim, e uns ovinhos de codorna

Na província de La Rioja descobrimos a catuaba dos indígenas argentinos... Confiram!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Aula de Natalês

Para mim a linguagem não é nada mais do que um reflexo da cultura. As palavras não encontram finalidade em si própria, senão representa um simples veículos transpotador de experiências históricas, sociáis, valorativas, etc. Quando alguém aqui em Natal, por exemplo, abre a boca para dizer " Vai te rear, baitola". Simbolicamente, observamos o homofobismo incultido em nossa sociedade que, por sua vez, desleva uma sociedade conservadora, tradicional, agrícola. Já pararam para imaginar o peso que tem chamar alguém, de corno, viado, ladrão ou maconheiro? A palavra em si é vaga de signifância, mas o valor que a elas atriuimos carrega características do que é ser membro de determinado ciclo cultural. Talvez chamar alguém de maconheiro na Holanda, onde a macanha é legalizada não tem o mesmo grau de insulto. Chamar algum político de ladrão, já não produz o mesmo efeito que em outros países. A linguagem é o espelho de uma sociedade.
Tomemos mais alguns exemplos.
" Vou rebolar no mato" : Expressão que desvela uma sociedade rural, campesina, matuta, no sentido etimológico da palavra. Por isso, se fala mais no interior.
" Bora, boy": Influência da "invasão" norte-americana em nossa cidade.
"filho de uma égua": Conota, mais uma vez, a ruralidade do interior do estado, e relembra os affairs com os animais do campo, na ausência de mulheres, ou quem sabe, por puro deleite. Como diria meu amigo Javito. El hombre es un ser muy sabio, por eso cria cabritas, para los tiempos de hambre. Mas deixemos de lado esses detalhes sórdidos.

Dado esse fundo cultural imbutido no linguajar de alguém, que demos algumas aulinhas de portuguÊs ou melhor, natalês misturado com macauês,para o nosso amigo Sammuel da suiça para que quando ele venha ao Rio Grande do Norte esteja habilitado a conversar com os nossos conterrâneos.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Humor Cordobés.

O bom humor também é uma carecterística marcande do Cordobés. Não é atoa que Córdoba exporta humoristas para todo o mundo.

1) Um pouco da história do humor cordobés


2) Flaco Pailos o embaixador do Humor cordobés


3) El Negro Alvarez



4) Caricatura de um operário Cordobés

Soy Cordobés

Ser cordobés é ser peculiar. A Argentina, assim como todo grande país, é repleta de sotaques, ritmos musicais e estilos de vida particulares. O Cordobés é um deles. Pelo pouco que estive em Córdoba pude perceber que todo bom Cordobés tem o sotaque, toma fernet, tem um bom senso de humor, é buena onda y sempre fal Culeado. É um estilo tão contagiante que até o burro do Shrek virou cordobés e se rendeu ao cuarteto.

Fumo, mai vortemo

Digae minhas jóias!
Depois de muito tempo sem tempo, Acá estamos . Como costuma dizer mamãe: "O bom filho à casa torna". E não existe casa melhor do que um Blog prestigiado por nossos amigos.
Flávio Sá, que muitos anos compartilhou comigo e outros colegas as aulas do Ressurreiçãio - sim, o Ressurreição de João, Sávio, Idalécio, Francineide, Senhor Burns... Oops Dr. Mark e outros inúmeros mestres - Dedicou em seu blog um post à nosotros

Visitem o http://flavioasa.blogspot.com
Nesse blog você vai encontrar posts de um caba bom desenrolado com uma visão política madura. E se ele um dia se candidatar a prefeito de Macau, já declaro aqui o meu apoyo.

Adios Amigos

Cotinuem acompanhando o BLog que Novos videos, fotos e histórias dessa viagem virão.
E seu Deus quiser, Em breve o Palo de Arara estará atravessando o Atlântico rumo aos Países baixos. Será que vamos conseguir nordetizar esse povo? Veremos.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Ecoturismo em Mendoza

Quando estive em Mendoza, província situada próxima ao Chile, cordilheira dos Andes, aproveitei para gozar um dia inteiro do Ecoturismo na região.

Fechei um pacote turístico que incluia trekking, rapel e rafting. O trekking é a caminhada por trilhas através das montanhas; o rapel é descida da montanha deslizando por uma corda fixada em um ponto na parte de cima da montanha; o rafting é o passei por um bote inflável descendo o rio Mendoza, no qual vão 6 pessoas remando mais um guia.

Assim, às 8:30 da manhã estava pronto para partir rumo a esta aventura pela natureza. Passou um microônibus no albergue que estava hospedado para me buscar, estava repleto de estrangeiros de diversas partes do globo, como Suiça, Holanda, França, Inglaterra, África do Sul e etc. Fomos em direção a uma região chamada POTRERILLOS, região cortada pelo rio Mendoza e situada próxima a Pré-Cordilheira (Compreende as primeiras montanhas dos Andes).
Para maiores informações acessem www.potrerillos.com.ar.

Pela manhã fiz o trekking com um guia "Mui Buena Onda" chamado Matias, enquanto caminhavámos pelas montanhas, visualizando belas paisagens, o mesmo me contava sobre as expedições que acontecia, assim como sobre a fauna e a flora do local.

Chegamos em uma pequena catarata no meio das montanhas conhecida como "Garganta do Diabo", conhecida assim por ser como um buraco no meio da montanha, no qual corre um rio pela mesma, formando algo similar a uma garganta.

Na garganta, Matias preparou a fixação das cordas, para que podéssemos descer em rapel. Na descida em rapel, descemos com os pés apoiados na parede e preso em uma corda, na qual seguramos com a mão fechado, a medida que a mão vai sendo aberta a corta se liberta e assim descemos. Desta forma, realizamos uma descida de 15 Metros.

Após a descida em Rapel, seguimos caminhando por mais meia hora, até chegamos em um ponto no qual podemos comer e beber algo, aguardando o próximo microônibus que me levaria para o Rafting.

Às 14:00 horas, o microônibus passou no local e me apanhou para ir em direção ao rio Mendoza, onde seria realizado o Rafting. A empresa responsável se chama Argentina Rafting, empresa local, que tem filiais em diversos lugares do mundo, como na Costa Rica por exemplo.

Antes de iniciar a aventura do Rafting, o guia explica como é o procedimento de remo e algumas manobras emergencias. O rio Mendoza estava cheio, o que tornou a correnteza do rio mais agitada.

O Rafting é incrivel, descemos um percurso do rio, por volta de 1 hora, sendo levados pela correnteza, desviando de pedras e sendo chaculhados pelas abruptas descidas.

Infelizmente não pode filmar o rafting, pois tive que vestir uma roupa apropriada colada ao corpo que não possibilitava guardar a filmadora.

No final da tarde já exausto, voltei ao Albergue, sendo apanhando novamente pelo microônibus. Vale ressaltar aqui a organização do evento, no qual nos é fornecido a segurança apropriada e a pontualidade é britânica.

Em seguida está algumas filmagens e fotos do evento, vale a pena conhecer.









Um papo com o guia turístico Matias enquanto caminhavámos de volta:



segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

À MACAU



Viagem a Ítaca

Quando começares tua viagem a Ítaca
pede que o caminho seja longo,
cheio de aventuras, cheio de experiências.
Não temas aos lestrigões nem aos ciclopes,
nem ao colérico Possêidon,
tais seres jamais acharás em teu caminho,
se teu pensar for elevado, se seleta
for a emoção que toca teu espírito e teu corpo.
Nem aos lestrigões nem aos ciclopes
nem ao selvagem Possêidon encontrarás
se não os levares dentro de tua alma,
se não os ergue tua alma diante de ti.

Pede que o caminho seja longo.
Que sejam muitas as manhãs de verão
em que chegues - com que prazer e alegria!-
a portos antes nunca vistos.

Detém-te nos empórios de Fenícia
e mostra-te com belas mercadorias,
nácar e coral, âmbar e ébano
e toda sorte de perfumes voluptuosos,
quanto mais abundantes perfumes voluptuosos possas.
Veja muitas cidades egípcias
a aprender, a aprender de seus sábios.

Tenha sempre Ítaca em teu pensamento.
Tua chegada ali é teu destino.
Mas não apresses nunca a viagem.
Melhor que dure muitos anos
E atracar, velho já, na ilha,
Enriquecido de quanto ganhaste no caminho
Sem esperar que Ítaca te enriqueça.

Ítaca te ofereceu tão bonita viagem.
Sem ela não haverias começado o caminho.
Mas já não tem nada a dar-te.

Ainda que as ache pobre, Ítaca não te enganou.
Assim, sábio como te tornaste, com tanta experiência,
Entenderás já o que significam as Ítacas

Konstandinos Kavafis

Em homenagem a meu grande irmao de sangue e de alma Thiago Emanoel

Mendonça


Aguanda um pé de oliveira: Aqui se produz azeite extra vigem com padrao interncional. Talvez o azeite que voce comeu hoje no almoco tenha sido aguado por mim.

Terra do Sol e do vinho. Assim é conhecida a cidade que muitos brasileiros chamam de Mendonça. Até onde eu sabia, o que Mendonça, o personagem da Grande Família, e Mendoza, a cidade Argentina, têm em comum é só a paixao pela bebidada alcoólica.la gela e pela cana e esta pelo marivilhoso Malbec, que lá reina.
A cidade em si nao chamou muito a atencao, sobretudo pela falta de identidade. Alguns anos atrás um terremoto veio e matou, se nao me equivoco, 70% da populacao Mendozina, que era criola, e transfarmou em pó toda a heranca arquitetonica deixada pelos seus colonizadores, com excecao de uma Catedral construida na Regiao de Los Caminos del Vino em homenagem a padroeira dos vinhos cujo nome nao me lembro. Nossa Senhora de Alguma coisa, deve ser
Devido aos intemperes relatados anteriormente, minha estadia nao durou muito. Tive que vir a Buenos Aires por estava para chegar mi novia. Felizmente, joao pode estar mais tempo e desfrutar das paisagens mantonhosas e praticar o outro esporte mendozino, depois de produzir vinho, os esportes radicais. Ele estava fazendo um Rappel enquanto eu esatava no Onibus conversando com um Borracho portenho muito gente boa que tinha a maior satisfacao em me explicar como era viajar em um onibus executivo. Pense numa cagada foi a que eu dei de conseguir essa passagem. Eu me estourava de rir todas vez que ele fazia aquele movimento com a mao tipico do portenho, herdado do Italiano e dizia " Ejecutivo, papi!".
Voltando a Mendoza. Aé, tivemos a sorte de encontar uma turma de Natalenses daqueles invocados que só a bixiga com quem saimos para tomar umas gelas e compartilhar a nossa estupefacao toda vez que alguém dizia. " Reisso, boy! Aqui na Argentina só tem bixiga gata. O caba apanha e num acha um mulher feia. De roxa mermo!"
No dia seguinte, fomos fazer o feijao com arroz mendozino:dar uma passeio pelos caminos del vino e visitar algumas bodegas.Visistamos uma Bodega industrial que produz em larga escala, uma Artesanal, e um a fábrica de óleo de olivia. Ei, pense num negócio bonito! Por aí tivemos a oportunidade de degustar os melhores vinhos argentinos e levar uma botellita pra regalar alguém no brasil.
A parte engracada era que nós queriamos fazer esse percurso de bicicleta e ir parando pelas bodegas degustando os vinhos. Daria certo... Se a bicicleta fosse rodinha...

Apesar de o vinho ser o que colocou mendoza no mapa mundi, o petróleo é a sua atividade economica principal. E apesar de alguns véi guias fuleragem, sobretudo o que eu tenho - Frommer - falaragem do charme que tem mendoza e blá blá blá. O melhor está na provincia, mendoza provincia, e nao na Capital. Cidadezinha sem brilho, que pouco me impressionou. Vá pro interior que tem mais futuro. Salta e Códorba dao de 10 a zero. O guia também falava sobre o sorriso dos Mendozinos, de sua simpatia e etc. Conheci alguns buena onda por lá. Mas quer ver gente sorridente e simpática, vá pro norte da argentina ou pra córdoba. Talvez as demais provincias também sejam assim, mas mendoza, sinceramente, com nosostros nao foi tao simpática. E acreditem se quiser, eles conseguem lhe atender nos restaurantes e bares pior do que em Natal. Eu sou muito iludido. Sempre pensei que esse troféu fosse nosso.

O que mais pode ser dito? Sim... o parque San Martín vale a pena ser conhecido, uma reserva verde enorme cheia de atracoes e com uma beleza impressionante. Homi se tu viste o portao do parque tu ia ficar doidinho. O negócio é chic, veio da fraca e tudo.
Uma curiosidade é que mendoza està localizada numa regiao que nunca chove, árida com 15% do solo cultivável. No entanto, com um sistema drenagem com diques e arquedutos os caba desenrolaram. Seria o egito latinoamericano, mas o faraó é uma faraoa que estampa seu nome em cada obra pública e que faz e o Deus Sol aqui se chama Perón. A cleóprata seria Evita, por ser a mulher mais conhecida na historia desse pais.O modo de producao nao seria o asiático, apesar da mao de obra ser explorada até a gota. Aqui quem produz sao os gringos. É incrìvel a quantidade de bodegas estrangeiras.No sei onde ficaria o pequeno produtor no meio desse balaio de gato.

Na catedral que resistiu ao terremoto. Só nao resistiu aos encantos de joaozinho.




2) Uns dos melhores vinhos artesanais do mundo. Vai pra cima!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Rally Dakar – Argentina/Chile

Encontrava-se na cidade de Olta, na Provincia de La Rioja, hospedado na casa de um amigo que conhecemos em Cordoba, Javier (o argentino mais brasileiro que existe), quando surgiu a ideia de irmos assistir ao Raly dakar que ia passar num lugar próximo.

Infelizmente, Jonathas nao pode ir, pois tinha que desocupar sua mala da casa na qual estava hospedado. A segunda etapa do Rally percorreu as provincias de Cordoba a La Rioja na data de 03.01.2010, um domingo.

Assim, fomos eu, Javier e seu pai curtir o grande evento, tivemos que sair na noite do dia anterior, 02.01.2010, pois a partir das 22:00 Horas tudo é fechado por questao de organizacao e seguranca.

Organizamos nossas roupas, colchoes, lencois, entre outras coisas, pois iriamos dormir na caminhonete, uma F1000. Saimos de La Rioja por volta das 19:00 horas, e a viagem que tava prevista para demorar em torno de 1 hora, demorou em torno de 2 horas, pois percorremos muita estrada de barro, ou seja, o rally comecou com a nossa viagem.

Chegando ao evento, fiquei chocado com tamanha organizacao, logo na entrada havia atendentes para nos despachar, perguntando onde iriamos ficar, se nos hospedaríamos em algum lugar, a resposta foi de apronto: “Nao queremos nos hospedar, apenas queremos um estacionamento, nada mais”, assim, compramos o ticket do estacionamento e seguimos.

No estacionamento parecia que havia algum evento peculiar, varias barracas de camping instaladas, assim como churrasqueiras na quais todos se reuniam em volta, em suma, uma verdadeira farra regada a muito churrasco argentino e Fernet, uma bebida tipica de los hermanos.

Fomos em busca de algo para comer, no que encontramos um local no qual estava havendo uma festa, folclore argentino. Compramos muita carne e algumas empanadas, depois voltamos ao camping, onde devoramos tudo com voracidade. Bucho lleno, fomos curtir um pouco do folclore argentino, um ritmo bem popular por aqui, segue abaixo um video do evento.

Bebemos muito Fernet e Gancia neste evento, no que só voltamos em torno da 6 da manha para dormir. Nao dormimos frise-se, hicemos una ciesta, pois despertamos de 9 horas para ir assistir ao Dakar.

Para assistir ao Dakar, situamos em cima de uma montanha, local estrategico para conseguir ver boa parte da corrida. Fazia um frio tremendo, no que un buena onda portenho, emprestou-me seu casaco para nao morrer de frio.

O Rally Dakar é fantástico, os argentinos se aglomeraram em multidao para assistir ao evento, segundo mi amigo argentino Javier, e o segundo esporte mais preferido pelos argentinos, o automobilismo so esta atras do futebol.

Passaram pelo Dakar motos, quadriciclos, autos, e caminhoes, passavam arrastando tudo que tinha pela frente, pedras, areia, absolutamente tudo, têm uma forca tremenda. Enquanto assistiamos absolutamente estatico ao evento, fizemos amizade com um tipo bem peculiar portenho, que me perguntou como seria um chingamento brasileiro numa corrida, te disse: “Sai da frente, seu filho da puta!!!”, o louco portenho queria saber o que tinha lhe dito, e te disse: “Soy un buena onda, che!!!”, o Javier, uma mescla de argentino e brasileiro quase que morria de tanto rir.

Assim, passamos todo o dia assistindo ao dakar, estupendo com algumas ultrapassagem e barberagem de alguns pilotos, só voltamos a La Rioja no final da tarde, todos mortos, pois nao haviamos dormido, enquanto o pai de Javier dirigia o carro, eu e Javier dormiamos profundamente, ainda bem que nao foi nenhum de nós que dirigiu o veiculo (ja pensou???).

PS.: Os videos e as fotos posto depois!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Nota de Falecimento...

¨ Se as àguas dessa vida quiserem te sufocar, segura na mao de Deus e vaaaaai¨.
E agora José?
Chegamos em Sao Pedro e logo nas carreiras arrumamos nossas malas e tiramos direto para a rodoviária. Fo Ai que encontramos uma famigerada rapariga. Estavamos nòs nas carreiras querendo comprar nosso boleto pra Mendoza, quando descobrimos que em 20 minutos sairia um onibus pra Guemis, uma cidadezinha e ,dai, iriamos pra Mendoza. Depois de chegar em Guemis e fazer algumas piadas por notarmos que a cidade parecia com Pendencias, descobrimos que aquela galada, Sim! Ela mesmo, a fimegerada rapariga da Boleteria nos vendeu a passagem pra Mendoza pra o dia Seguinte. Ou seja, hoje as 23 horas. E agora Josè? Que djabo a gente vai fazer aqui em Pendencias da Argentina? Cheios de Malas... Bem, encontramos um taxista buena onda que levou a gente pra uma pousada de caminhoneiros. Bem Baratinha. Depois nos levou ao Centro para comer alguma coisa. Rapaz, atè que era movimentado o centro. Dava de 10 a zero na Praca da Conceicao. Depois de muito aperreio e, sobretudo, putos por perder o dia descobrimos que Salta, a Capital da provincia, fica a 50 kilometros de Guemis. Foi nesse instante que ela morreu. Ela quem? MORREU MARIA PREÀ. Arrumamos o que fazer. Salta Capital è uma cidade simplesmente facinamente. E a má sorte de um dia se transformou em uma visita a esse lugar simplismente encantador.
Aqui em Salta tambem tivemos a sorte de encontrar um grupo de mochileiros brasileiros muito gente boa que nos informaram qual era a rua principal de Salta e, tambem, nos deixaram morrendo de inveja ao contar sobre suas viagens pela America Latina. Tou doidinho aqui pra fazer essa trip tambèm.

Agora tou numa lan house show de bola aqui no centro de Salta escutando uns tiros de counter strike.
As fotos de guemens estao no cel de joao.

Depois retornem a essas postagens que estao sem videos.. a gente ainda vai postar. POr enquanto, algumas fotos.



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domingo, 17 de janeiro de 2010

Nas carreiras...

Essa vida de viajador e sempre assim: Nas carreiras. Nesse momento, estamos rodeados de bolivianos jogando counter-strike em uma lan house en San Salvador de Jujuy, Extremo norte da Argentina. Acabamos de voltar de Tilcara. Daquim pegamos um onibus pra San Pedro, onde estao nossas coisas. De San Pedro pra outra cidade e dai pra Mendoza. Parece que estamos brincando de Piball na Argentina. O plano ainda eh ir pra Bariloche que eh lah na baixa da egua. Pra depois ir pra Buenos Aires.
Em breve, traremos mais videos de Tilcara e da resenha por la e de San Pedro de Jujuy Tambem. Agora eu tenho que acunhar, senao, perco o onibus. Um pouco dessa nossa aventura pelo norte argentino ai nas fotos.
Eita piula, o onibus sai em 7 minutos
1 Turistando pelo Norte Argetina. Aqui o governo trabalha


2 Fazendo um som na varanda da nossa suite master


3 Tilcara vea de guerra


4 Esperando o Eucaliptos

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Pela uniao Latinoamericana!

A América Latina sempre teve suas veias abertas para a dominacao européia e, mais tarde, norteamericana. Nos últimos tempos, o capital corpartivo interncional e as grandes "potencias" vem pintando e bordando por aqui. Sao políticas economicas e sociais ditadas pelos lobbistas dos conglomerados economicos gringos, FMI... Mas como pode ser? Uma regiao tao rica. Como diria Solon fazendo propaganda de carro, é completa de tudo. Recursos Naturais e humanos em abundancia.No entanto, continuamos pobres de Jó. Dá pra gente sair dessa...como? Eles respondem.



ENTREVISTRA COM MEU PRIMO LULA:

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

É só mais uma Brisa.

Bem amigos,
Já aconteceu de tudo por aqui. Mas essa foi de torar dentro.
só que vamos comecar do comeco.
Jesus Maria é uma cidadezinha aqui perto onde acontecem um dos maiores festivais nacionais de doma de cavalo e de folklore. Pra gente era mesmo que tá indo a uma vaquejada em Mossoró. Primeira de luxo! Depois de uma hora de viagem, chegamos lá. Eu, joao, O borracho Veron, Brasilia, Carioca e duas holandesas,Lisete e Giulia. Um grupo mais misturado que prato de pedreiro. Ao chegar lá, uma supresa. Nao estavamos em uma vaquejada em Mossoró. Era uma mistura de Caruarú com Macaiba...



Continuamos a nossa jornada em direcao à festa e ai damos uma paradinha pra resenhar em uma barraca....



E vamos seguindo.. paramos para ver uns indios tocando e ai o que acontece?
Era só o que me faltava por aqui...



Nao... era só uma Brisa...



E o borracho veron...o que queria ficar... quem é esse?

Descontitucionalizacao Fática.

O brilhante Jurista pernambucano Marcelo Neves, em seu livro a Constitucionalizacao Simbólica, desvela uma teoria que, apoiando-se no modelo sistêmico de Niklas Luhmann, define "Constituicao" como uma mecanismo que permite a autonomia operacional do direito na sociedade moderna e como " acoplamento estrutural" entre os sistemas político e jurídico.
Na prática, aqui na Argentina o negócio é meio diferente. O coitado do Monstequieu deve se espichar, se estribuchar todinho dentro do túmulo quando ao saber que aqui o político amarrou as pernas do jurídico com imbira e lhe alimenta com o "Cumê de Porco" de Miracé. E Hans Kelsen... coitado... Pense num Judiciário réi sem moral. E a Constituicao? É mais desrespeitada que professor de colégio estadual.O curso de Direito leva 6 anos. Apenas 3 MESES em um semestre sao dedicados ao estudo do Direito Constitucional! Tás vendo a arrumacao? A grande questao aqui, e na América Latina em geral, é que a Teoria se cria da prática e vira regra. O direito como sistema autopoétio como queria Luhmann, na prática, nao existe. Os tentáculos da política, do executivo, penetram por toda a parte. Um verdadeiro estupro institucional.
Javier, prestigiado estudante da Faculdade de Direito de Córdoba, uma das mais antigas e renomadas da América Latina, nos conta um pouco sobre o constitucionalismo e a política argentina...



terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Um exemplo a ser seguido

Desde que chegamos aqui, algo que muito nos impressionou foi a politizacao dos argentinos. A política aqui é um tema de interesse comum, de modo que onde quer que voce vá, será fácil comenzar una charla sobre o governo e os saqueos já realizados. Graffith de proptesto compoem a paisagem urbana junto aos prédios de arquitetura européia (Como carece de identidade a arquitetura argentina!!!). Outra coisa que, também, nos chamou atencao foi a valentia dos jornalistas em escrever atacando o governo e o sistema. é incrível a quantidade de títulos encontrados nas prateleiras principais de todas e quaisquer livrarias. Em todas e quaisquer bancas de jornais, esses livros, também, sao oferecidos. Um dos que ultimamente vem gerando muito polemica se chama El Dueño de Luis Majul. Nele encontramos uma investigacao profunda dos esquemas corruptos armados por Nestor Kirchner... Eu fui presenteado com este livro, e, sinceramente, me deixou sem palavras a coragem dos jornalistas daqui.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Memorias Del Saqueo

Quem quer saber um pouco mais sobre a Argentina e a realidade Lationoamericana? Aeeeeeee! Compramos uma videoteca e uma livraria. Documentarios e livros que falam sobre a politica ( ou sobre o cabaré?). Ontem assistimos um do grande cineasta argentino, Pino Solanas. Memórias del Saqueo, o nome. Rapaz, pense num documentário primeira sem segunda! Mostra como a Argentina foi saqueada durante várias décadas, culminando com a maior crise economica e social do Pais.
O mais interessante de tudo é que assim que terminanos de ver o documentário, demos uma passadinha nos canais e ai nos deparamos com uma forma de saqueo que o Brasil exportou para a Argentina. A cara de pau desses fela da gaita só vai melhorar com oleo de peroba mesmo. Por que de outra forma tá difícil. Eles se transformaram em uma potência midática que agora compete em pé de igualdade com outro lixo Brasileiro.
Para entender um pouco sobre as baixarias que estao por trás da midia brasileira assistam Muito alem do cidadao Kane.
Na verdade, esse pendulo entre aristocracias midiáticas de um lado e governo de outro se matando para consumir da droga que é mais forte que a heroina, o poder, virou regra aqui na América Latina. Lula e Rede Globo, Globovisión e Hugo Chavez, Clarín e Kirchners. Isso é que é ser uma fuleragem! Mas voltemos à forma mais grotesca de se saquear os pobres, que o Brasil exportou.
Vale salientar que sou de formacao religiosa e creio que isso é fundamental. Deus é tudo em nossas vidas. Mas esses caba de pêa ai, vao queimar tudinho no mármore do inferno. Ishalá!!!!

domingo, 10 de janeiro de 2010

A odisséia dos Ojuaras.

CAPITULO I
Todos conhecemos as peripécias que executou Ulisses para chegar até Ítica no celebre Poema a Ilíada e as aventuras de Ojuara para chegar a São Sarué. É certo que estes dois heróis passaram por intemperes em suas jornadas. Mas o que tinham eles em comum? Sabiam onde queriam chegar. E qual a diferenca? Ulisses (ou Odisseu, seu nome na mitologia grega) sabia por onde ir, ele retornaria a sua terra Natal. Nós estavamos mais para um Ojuara buscando a terra de São Sarué. Sabiamos que ai havia um paraíso e pensamos que sabiamos como chegar. Nosso amigo Gustavo, que é Argentino e mora aqui em Córdoba, assegurou com uma firmesa maior que a de um nó cego que sabia onde era a nossa terra de São Sarué, San Marcos. Barraca, viola, mochila nas costas... Tempo de viagem estimado: 1 hora e meia... Pé na estrada... Como em toda e qualquer viagem de onibus o sono comeca a bater e pronto estao todos dormindo. Ai acordo eu, desesperado... 2 horas de viagem haviam se passado. O fresco do Gustavo tava dormindo feito um menino. “ Acorda fela da gaita! Já se passaram duas horas de viagem!”. Ele tranquilo responde “ Che. Tranqui. Ahi llegamos, boludo”. É... realmente ele sabe onde tá. Vou me acalmar. Em seguida o onibus para e lá vamos nós descer. É quando o motorista nos para e nos informa que nao é ai. O caba de pêa nao sabia onde tava!!!!!!!! Seguimos adiante e finalmente descemos do onibus em San Marcos... San Marcos? Cadê San Marcos? O onibus nos deixou no meio de uma estrada. Para nossa felicidade uma senhora nos informa que temos que andar 12 quilômetros até a cidade. Violao, mochila, colchao, Sacolas com comidas, Barraca, tudo nas costas. E caminhar 12 km de baixo do sol quente? Nem a pau... Nesse momento fatídico, Joao resolve dar um mijada ( pra variar sempre nos momentos estrupícios) “ COOOOOOORRE JOAO, CONSEGUIMOS UMA CARONA, GALADO!!!!!”. Acho que nao deu tempo nem de balancar...





CAPÍTULO II
Finalmente, chegamos ao centro de San Marcos. Finalmente chegamos para descobrir que a nossa São Sarué ainda estaria a mais 12 km do centro da cidade. Lá vai a gente atrás de um taxi. Fomos chegar lá as 10 da noite. Ainda tinhamos que armar a barraca. No meio do mato, sem luz, sem lanterna. E agora?...

iluminando a barraca com o celular
CAPÍTULO III
Depois que o circo estava armado, fomos pagar o camping e ai conhecemos alguns figuras. O dono, um hippie que havia morada em Natal e um Uruguayo andarilho, um Jhonny Walker 40 anos sem bengala, mas com uma barba e uma cabeleira do tamanho do mundo. Depois de algumas charlas e termos aprendido muito sobre a vida com esse uruguayo, voltamos à carpa. O pessoal da carpa vizinha escutou nossa zuada com o violao e se juntaram à nós a escutar uns temitas.



CAPÍTULO IV
Que calor da bixiga! Acordo eu todo suado. Olho pros lados, dois marmanjos chei de cana dormidos – pareciam um gato siames dormindo do lado de um frango assado na brasa. Levanto eu. E sigo o som do rio, até que finalmente me deparo com a tao buscada São Sarué. Um dos lugares mais lindos que estive em minha vida. Ideal
para descansar, agua cristalina no meio do semi-árido argentino, tudo do jeito que Deus desenhou, com poucos sinais da mao humana. Pedras enormes, que revelam que a formacao rochosa do lugar nao é tao antiga e pintam uma paisagem incrível. Volto correndo pra acordar os dois changos...





CAPÍTULO V
Como passamos o dia todo no lugar, queimamos nossas costas como nunca ( o sol aqui só se poe à 9 da noite, agente chegou no rio à 10 manha e passamos o dia todo). Estamos sem nenhum dinheiro por termos pago o camping, o taxi, as passagens de onibus. Como vamos voltar pra casa? Lembram no caba que morou em Natal?...





CAPÍTULO VI
Voltamos ao centro de San Marcos. Dai teriamos que pegar um coletivo para Cruz del Eje para depois pegarmos um onibus para Córdoba. Nos dirigimos à parada onde esperamos os minutos mais longos de nossas vidas. É ai que as mijadas de Joao mais uma vez entram em acao. O fela da gaita resolve ir mijar. Quando ele chega lá na baixa da égua. Olhe onde o caba resolve me mijar... Na baixa da égua depois da bixiga taboca. Nao tinha nem como chamá-lo pra avisar que o onibus tinha chegado. Lá volta Joao andando,assim numa tranquilidaaade, como quem come cocada ,se balancando numa rede do alpendre da casa da avó, depois do almoco, no feriado de Corpus Christis. Esperamos o próximo onibus. E cheios de cacarecos chegamos a Cruz del Leje.
Vou abrir aqui um parentesis para um protestar contra a nossa máquina humana. Por que agente tem que mijar? Esse tal de mijo só atrapalha. O caba num pode tomar uma que tem que tá indo ao banheiro direto e sempre o banheiro é lá no fundo. Se o caba tiver miguezando uma bixinha, já perde. E o pior é que vontade de mijar só aparece nos momentos mais estrupícios. Voltando... O onibus para Cordoba se aproxima da plataforma. Cadê Gustavo? Foi mijar. Aaaah, hijo de rapariga!!!!! Depois de muita resenha voltamos para casa.

MORAL DA ESTÓRIA:
Nunca saia de casa liso, espere para mijar nas horas mais simples, e, sobretudo, USE PROTETOR SOLAR QUANDO SE ABESTALHAREM E QUISEREM PASSAR O DIA TODO NO SOL.


chapolins colorados

sábado, 9 de janeiro de 2010

In dubio pro resenha

Caros amigos,

É bem verdade que nossa viajem tem muita papagaida pra contar. No entanto, é bom lembrar que nós também tivemos que ralar muito com estudos por aqui. Para aqueles que pensam que a gente tá aqui só na fuleragem... cliqe na foto para ver maior.





Como o joao nao fez e nenhum prova, ele simplismente pegou o diploma de participacao no curso. Eu tive que fazer uma prova com um texto enorme, um ensaio e 40 questoes de gramatica e uma entrevista... mas gracas a deus deu tudo certo... consegui o diploma C.2! C.2 em ingles e C.2 em espanhol... agora só falta o C.2 em holandes, alemao e frances...num quer mais anda esseminino...



Parabéns pra joao também que melhrou muito o seu espanhol. O bixo tá é desenrolado.

Estudar é sempre bom, aprender é importante... mas como dizia o celebre James, grande amigo macauense... In dubio pro resenha



Usuario principiante*
Comprensión de algunas palabras y de las expresiones lingüísticas más comunes
(*este nivel no se encuentra clasificado por el MCER)
Usuario elemental
Nivel lingüístico (A1 - elemental)
Comprensión de enunciados simples de conversaciones cotidianas.
Expresión poco organizada de elementos aislados

Nivel lingüístico (A2 - elemental superior)
Comprensión de conversaciones fluidas.
Expresión organizada pero poco versátil.
Manejo de frases modelo y "empleo escolar" del idioma.
Usuario independiente
Nivel lingüístico (B1 - intermedio)
Buena comprensión general. La gramática, el acento y el vocabulario aún presentan lagunas.
Expresión bastante clara y estructurada en contextos familiares.

Nivel lingüístico (B2 - intermedio superior)
Comprensión detallada en diversos contextos corrientes, familiares y profesionales.
Expresión bien estructurada, matizada y operacional en una amplia gama de temas. Pocas o ninguna expresión idiomática
Usuario experimentado
Nivel lingüístico (C1 - avanzado)
Muy buena comprensión, rápida y precisa en numerosos dominios concretos y abstractos.
Expresión oral y escrita estructurada, fluida y espontánea.

Nivel lingüístico (C2 - muy avanzado)
Excelente comprensión y expresión - oral y escrita, muy fluida, precisa y sutil.

ADORÁVEIS ARGENTINOS

Antes de viajar para el País de los hermanos, esperava um certo receio pela rivalidade que existe entre as duas nacoes, especialmente no futebol – esporte que sempre fomos os melhores do mundo, frise-se.

Porém ao contrário do esperado, fomos muito bem recebidos aqui em Cordoba, o povo nos ADORA. Basta entrar em um táxi, por exemplo, e dizer que somos Brasileiros para a festa comecar, todos querem saber sobre o Brasil, dizem como sao encantados por nosso País.

Tanto é que numa noite, en un boliche (boate), quando me aproximei de uma turma e disse que era Brasileiro, ficaram todos espatifados, logo de apronto, chamaram-me para sacar una foto. Impressionante, senti-me um carinha famoso, como estes artistas de novela, isto por apenas ser BRASILEIRO.

Outra passagem que demonstra o quanto los hermanos nos amam aconteceu no reveilon, na virada do ano, onde nos encontrávamos numa pequena cidade, Olta, na Provincia de La Rioja. Fomos a uma festa local e para surpresa de todos, puxamos um grito de guerra: “BRASIL, BRASIL, ...”, uma multidao gritava entusiasmada junto conosco, brasileiros.

Ademais, encontra-se um video logo abaixo, entitulado “A PROCURA DE UN DESAYUNO”, no qual estavámos saindo de un boliche (boate), pela manha por volta de umas 9 horas, morrendo de fome, a procura de um desayuno, muito dificil de se encontrar por sinal, mas quando encontramos, a festa com los hermanos comeca...





Quase que saimos em baixo de cacete jejeje

Por Joao Leao

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Saúde Pública

O Estado Democrático de Direito, para que seja legítimo, tem por fulcro algumas molas mestras que apoiam a sua legitimidade e que possuem em si as notas essenciais para existencia de um contrato social teleologicamente fundado. O iluminista suico Jean Jacques Rosseau falou foi muito nesse contrato e o utilitarista ingles Jeremy Benthan deu razaoes pra sua existencia.... Ave Maria, tou arrudeando mais do que cachorro querendo cagar e véi comendo papa quente. O que Djabo o povo quer? Moradia, Educao, Seguranca (Interna e externa, para garantir sua soberania) e, claro, Saúde. Depois desse arrudeio todinho, era ai que eu queria chegar. Na américa latina, ou melhor, no mundo subdesenvolvido, grosso modo, a sáude pública é uma temática sempre problemática. Eggy! Rimou! E aqui na Argentina como fica isso? Rapaz, aqui no momento pouco se fala nela. Depois da confunsao que comecou agora da Cristina Kirchner contra o presidente do Banco Central batalhando se pagariam a dívida pública, que segundo alguns é trucha, ou se deixam quietas as reservas cambiais externas com as quais se pagaria essa dívida. Ainda bem que meu primo Lulinha já pagou a nossa.
No entanto, a sáude pública na Argentina é um tema que necessita de muita atencao, já que está passando por uma grande crise. Nos últimos anos, um retrocesso vem acontencendo, até chegar um mes de agosto quando profissionais do setor decidiram realizar uma greve com o objetivo de reclamar pela carência de recursos humanos e elementos minimos de trabalho para levar à cabo suas tarefas.
Eu tive que ser atendido num hospital público aqui. Fomos todos muito bem tratados por um médica, uma enfermeira e uma secretária llenas de gracia. No entanto as condicoes de trabalho, como já mencionado, nao sao as melhores.
Sim, tive que ir no hospital pq tava com uma chanha na mao maior do mundo, um furunculo que se infectou todo e me deixou sem mover minha mao. As mentes mais maldozas poderao dizer que de alguma forma grotesta eu possa ter engravidado minha mao esquerda... Sou destro amigos.... Análisem o video.

OBS: TODAS AS RAIVAS QUE NÓS FIZEMOS AOS ARGENTINOS AQUI FORAM DESCONTADAS...



Essa reportagen à nossa fiel leitora, Gabriela Mota... Nao. Ela nao é chanhenta. Ela é enfermeira, pombao.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Macauense furando o olho de um Argentino

Apesar de sermos irmaos univitelinos, Brasil e Argentina no mundo do futebol estao assim como os gemeos Pedro e Paulo da magistral obra de Machado de Assis, Esaú e Jacó. Isso explica pq o acto que seguinte é digno de aplausos:
Depois da festa de Reveillon um Argentino chamado Victor. Perai, pra ficar mais fácil de entender o tamanho do boneco, vou explicar quem é esse Victor. Ele sempre foi aquele Hijito de la Mama (Kiko de Dona Florinda). Nunca emprestou suas coisas aos amigos, e o carro? Jamais emprestou a nadie. Seus amigos já conhecem tao bem esse culeado (galado)que nem pedem mais nada emprestado. É ai que chegam dois brasileiros na cidade, um macauense e um natalense, fazem amizade e depois de algumas horas ...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Os Paraíba e o Cordobés.

Todo mundo sabe que quando nós nordestinos vamos lá para o sudeste o povo é cheio de preconceito. Vai abrir a boca no Rio de Janeiro para mandar alguém rebolar um papel véi no mato pra tu ver a arrumacao…te chamam logo de paraíba, mesmo você sendo de Santo Antonio do Salto do Onca! Por mais que seja só uma piadinha besta, temos ai um forte sinal do que o francês Pierre Bourdieu chamou de violência simbólica. No entanto, outra grande cabeca, um tal de Niltu também disse que toda acao tinha uma reacao. E como reagem os nordestinos? Já ouvi muitos dizerem que os paulistas e cariocas sao um arruma de cu de grude. Eu nao tenho preconceitos. Mas que o povo fala… fala!
Aquí na argentina o negócio é meio parecido. Os porteños (Buenos Aires Capital Federal), dizem os demais argentinos, se acham demais. Só querem ser os europeus e vivem mangando dos sotaques e cultura das demais provinciais, e, sobretudo, do sotaque cordobes. Sao eles os donos do Tango, do Puerto Madeiro… essas coisas que os turistas escutam falar. E, assim, a cultura gaucha norteña e o seu povo sao devalorizados, discriminados.Em contrapartida, criou-se um forte sentimento de rejeicao para com os porteños. Eles sao bem parecidos com os parisienses. Nunca esqueco de como sao boludos. Acham que sao tao lindos quando Paris.

Certa vez, um grande amigo carioca me falou, com um tom un medio jocoso, que o Brasil se divide para ele em 5 estados, Rio, Sao Paulo, Minas, Sul e Norte. Pegunta se alguém lá sabe quem é Flávio José… Poucos vao saber.
Alguns posts atrás declarei que Brasil e Argentina eram irmao quase gemeos. Com um pou mais de vivencia aqui, vejo que sao univitelinos.
Tenho um grande amigo argentino com quem sempre conversei sobre essa viagem. Ele me disse que sua namorada morreu de rir quando soube que viriamos para Córdoba. O problema todo estaria em voltar com o acento cordobês.Mai pia só...

Nesse video, um taxista Cordobés nos conta um pouco sobre a visao que tem dos porteños. Opiniao que podemos constatar ser compartida por muito outros argentinos.
(Legendas em Macauês, idioma nativo da cidade de Macau)

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Democracia?



Meninos de rua contam como vivem.



Entrevista por Dolores Prunenda Paz
Traducao: Jonathas Silveira
“A desobediência civil é um esporte argentino”
Radicado na Alemanha desde os 70, o autor de “Calamidades” acaba de receber dois dotourados honoris causa no país. Aqui, sua análise da democracia argentina.

“Os modelos de êxito não são misteriosos. Se a Argentina quer ser um país estável e com possibilidade de ascensão, apenas tem que usá-los.” Postula o reconhecido politólogo argentino Ernesto Garzón Valdés, quem visitou o pais para receber o Doutorado Honoris Causa das Universidade De Buenos Aires (UBA) e Palermo. Este filósofo em direito e moral especializado em sistemas democráticos, afirma que na Argentina “ O problema está dentro da própria democracia”. Porque não se respeitam restricões lógicas nem morais, questiona o peronismo como “ a grande fantasia dos argentinos” e afirma que “ na América Latina poucas sociedades são democráticas”.
Garzón Valdés – autor, entre outros ensaios, de Calamidades e o Véu da Ilusão – foi expulso do Ministério das Relações Exteriores em 1974 por questões políticas e, pelo mesmo motivo, dois anos mais tarde teve que abandonar seus postos acadêmicos, razão pela qual se exilou na Alemanha, país onde reside atualmente. Com o retorno da democracia, o presidente Raúl Alfonsin reintegrou este pensador cordobês ao serviço diplomático com o mais alto nível.
Como percebes o momento político político do país?
- É um momento perigoso porque de novo estamos diante de uma grande ilusão política. É óbvio que perdemos a liderança na América Latina e que os países europeus já não nos vêem como uma nação confiável. Brasil é a potencia, “Lula” funciona bem, não aspira reeleição, não coloca sua mulher para candidatar-se a presidente… Há corrupção, é certo, mas isso ocorre em todas as partes do mundo. A realidade é muito mais fácil do que pensamos. A ilusão fecha as possibilidades de crescimento.
Como interpretas a influência disso no eleitorado?
Somos um povo que tem uma grande tendência a iludir-se. As pessoas fantasiam com a realidade, a desfiguram… e quando esta se impõe, se desencantam. Por isso, os argentinos vão de frustação em frustação. O peronismo é uma grande ilusão política argentina. Sempre promete um destino mais favorável. Agrega dados a realidade do país que não correspondem a essa realidade e cria uma enorme ilusão coletiva na qual cada um pensa que alcançará um vida melhor; mas como a descrição é falsa tropeçam ao final e estamos cada vez pior. É uma forma de salvação, aí estão lemas do peronismo “ Argentina potencia “ ou “ Um país justo e soberano”. Nem potência, nem justo, nem soberano. Perdemos nosso norte.
É uma descrição que se ajusta ao conceito de populismo…
- O populismo é um conceito difícil de definir, carrega uma nota negativa, é uma espécie de engano social, de ideologias e promessas fáceis que não serão cumpridas. O psicólogo social francês Gustave Le Bon dizia que as massas, grosso modo, apenas querem ser ditas as palavras que desejam escutar, se não te massacram. O populismo é uma forma de educação do povo na qual se desfigura o sentido crítico ao povo. Onde há verdadeira democracia se anula o populismo. Um sistema baseado em grandes ilusões tem algo de populista. As pessoas, às vezes, gostam disso. O populismo tem algo de totalitário, ambos são um engano. É importante dar-se conta das próprias limitações e praticar a autocrítica. Há países que vivem na permanente autocrítica por que se esforçam em evoluir e avançar, mas os argentinos não são muito afetados pela autocrítica, cremos que as coisas vêm de fora
E como o senhor projeta essa situação no tempo?
- Pouco a pouco, descemos nos escalões de controle e o que em um momento é um escândalo, se vivido diariamente, passa a formar parte da normalidade. A Argentina tem problemas de segurança interna, tem feito da desobediência civil um esporte, isto deveria ser um ato excepcional, como os “sit-in” (sentadas) liderados por Martin Luther King nos Estados Unidos contra o “ apart-hate”. Todos entendiam do que se tratavam. Repudiavam o racismo. O “ piqueterismo” como forma de vida não funciona, é um sistema que corroe-se a si mesmo porque nega a tudo. De tanto piquete que se faz ninguém sabe mais por que estão fazendo e perdem o sentido.
O senhor afirma que na Argentina as leis estão bem e que não é necessário revisá-las…
- A constituição argentina é muito boa, não é cretina, plantea um regime que estabelece democracias e os nossos presidentes não são impostos pela CIA nem por um governo militar, são governos democráticos. O problema é outro: Os sistemas jurídicos paralelos ao sistema promulgado. Se as leis são respeitadas, estamos bem. Isso já é o suficiente para a moral e a honestidade civil. Não há muito que se inventar. No Chile o sistema democrático funciona e não se inventou nenhuma forma nova de democracia. Aplica regras conhecidas: Os modelos de êxito, não são misteriosos, se a Argentina quer ser um país estável e com possibilidade de ascenso apenas deve utilizar-los, estão aí. O problema está dentro da própria democracia. Para que este sistema funcione deve estar sujeito a certas restrições lógicas e morais. Se não conta com esses dois tipos de limitações, estaremos jogando outro jogo. Os condicionamentos lógicos se escrevem no conceito de democracia: por exemplo, que nao se pode proibir a liberdade de imprensa e nem a existência de partidos políticos; enquanto que as limitações morais garantem a liberdade e a igualdade e estão relacionados diretamente com a dignidade da pessoa humana, como a liberdade de culto. Isso há de ser levado a sério. A vida consiste em ter regras de êxito e êxito significa poder solucionar seus problemas satisfatoriamente.
- Qual é, ao seu critério, a diferenca entre as situações da América Latina e Europa?
Sim, tem a ver com a nossa forma de ser que ao fundo, parece que nos diverte. É como quando na escola olhavas para o colega que tirava 10 e dizias: “ Mas estuda, assim não tem graça”…creio que nós argentinos somos um pouco assim. Aqui o mérito está em tirar 10 sem estudar e isso é interpretado como uma dupla vantagem. A diferença está nos valores e nas regras de êxito. O argentino crê que vai ter êxito na vida à margem da lei, tomando certo atalhos. Em outros países pensa-se que é possível ter sucesso cumprindo as normas jurídicas.
Por que pensas que na Argentina assim se vive a democracia?
- Existem muito poucas sociedades democráticas na América Latina. Aqui cada um faz o que quer com suas Constituições e isso é um modelo... Há uma frase de Alejo Carpentier que ilustra muito bem isso, algo assim como que entre nós a teoria sempre se foi da prática e que os homens com colhões não se fixam em papelzinhos. O ser humano quer viver o melhor possível e resulta que aqui a forma de viver o melhor possível é a corrupção, seguem que há países que respeitam o jogo democrático como Chile e Uruguai, onde ganha o partido e sobe o partido. A diferença é que nos países decentes a corrupção é um escândalo e no países indecentes – uma sociedade que não respeita a dignidade da pessoa humana e viola os direitos humanos básicos - é a forma normal de vida.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

O bebo y El borracho

Peixi podi, bikini pa burra, becebé, zuzan, Jackson Kennedy… lembram o que? Cana! Rapaz, quanto mais adentramos o interior da argentina mais nos assustamos com o quanto a vida daqui se assemelha com a de lá… EURECA!!! Descobrimos onde é a Bruzundanga. Bora apostar como Lima Barreto veio pra cá escrever seu livro? Só pode.

Mas o que djabo tem o inesquecível bikini pa burra a ver com isso? Homi, o negócio aqui é tao cagado e cuspido que até os bebos tiradores de onda por aqui também aparecem. Estamos em um interiorzao mais ao norte, numa provincia muito árida chamada La Rioja (Ou Xiorja com o sotaque daqui, Rr com som de X). Cidadezinha pequena no meio das serras, Olta se chama… Tango, Puerto Madero, Boca Juniors, Bariloche? Esqueçam! aqui está realidade latinoamericana. Mais delimitadamente, Norte da Argentina: Cuarteto, Folklore, domas de cavalos, serras, Times de 3ª divisao.

Pois bem, ontem estavamos voltando da resenha de Ano Novo quando nos deparamos com mais uma figura indeleble, um bebo argentino. Rapaz, o caba tava tao cheio de cana que falou português, paraguaio, castellano. O bebo mais poliguota que já vimos em toda nossa vida. Digai se um caba desse tivesse nascido na Europa?... Imaginou? Pois pode tirar o cavalinho da chuva… isso aquí é latino-america. Eu num já disse?Deixe de ser apombaiado, deixe. Oportunidades aqui sao mais dificeis de se encontrar do que rapariga de pastor. Djabo é quem acha!

Pois é amigos, a política Peronista que por aquí reina e a atençao (leia-se recursos) que só se volvem majoritariamente para os porteños (Buenos Aires Capital Federal) foram tao cruéis que arrancaram até Romário e Bebeto deste pobre condenado





OUTRO BEBO QUE ENCONTRAMOS NA ESTRADA QUANDO VOLTAVAMOS DA SERRA... Quando nos aproximamos pra filmar e tirar fotos...



Obs: Esta matéria é dedicada a meu grande amigo Jackson Kennedy e a seu pai, o grande Caetano mixupa!