sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Ceia de Natal


Natal: tempo de paz, fraternidade, alegria, muita comida e, sobretudo, tempo de reunir-se com tua familia e amigos. Foi embuido desse espirito que tomei a infeliz ideia de chamar a Joao para cearmos juntos. " E ai, che, que horas vamos jantar ?" e me responde ele com a segurança de um abogado " Claro que às nove, nao comemos nada hoje...". Doce ilusao, nao almocei e tao pouco jantei esperando meu nobre amigo para nossa "Ceia de Natal"... 9 e meia, 10 e meia, 11 e meaia, 12 e meiaia... cade joao? porra... vou ter que llamarlo... liguei e o hijo de puta ainda estava dormindo... hahahahahahaha. Bem, depois de horas e mais horas tocando violao esperando o joao, ele me aparece e ainda cheio de preça. Já pensou? como diria um professor da nossa escuela "Esos Brasileros del Norte..." ¬¬
Fomos buscar algo para comer perto do boliche (baile) da nossa escola... andamos quadras e mais quadras. Paramos numa pracinha para tirar fotos - a praça mais linda que ja vi, vale-se salientar - e pedimos a um corodoooooooobes para nos sacar uma foto (ou fueto, como diz joao com seu portuñol de raiz) ai o caba desimbestou a falar sobre a guerra nas malvimas, que os brasileiros eram seus irmaos porque os ajudamos muito na guerra e nada de tirar a foto, a camera ja descarregando. Falou um pouco da historia da praça que foi construida em homenagem a San Martín, o libertador como falava ele. Perguntamos onde havia que comer e a reposta, mais uma vez, foi a mesma " Está todo cerrado, es Navidad"...
Rodamos, demos o peru, demos o balao na cidade, demos um role maior do mundo até que encontramos um kiosko pequenino, uma bodega véa, como se diz em macau. Perguntamos que havia para comer, e o tipo com um sotaque bem cordobes nos respondeu " Hay sandwich de jaaaaaaaaaaamon". Foi ai que voltei meus olhos para o céu e pensei... " Misericooordia, senhor". Nossa Ceia de Natal, pao duro com queijo e presunto, e ainda mais gelado, se ao menos fosse uma torrada... issé qué ser uma fuleragem!!!!! Felizmente os cordobeses sao muito amigaveis, de maneira que fizemos amizade e por ali nos quedamos charlando con el tipo. Foi ai que subtamente nos aparece uma mulher muito peculiar, que se assoma ao nosso lado direcionado suas oiças para escuchar que djabo era que esses infilizes das costa oca que vieram laaaaaa da bixiga taboca estavam falando com esse sotaque fulero. Nao tardou muito ate que ela falara como quem acabara de ter uma epifanía, "son brasiiiiiiiiiiiiiiileiros" com o mais tradicional acento cordobes. E reagimos " Sin, claro. Vivimos en el paraiso. Se llama Natal". "Aaa, mira vos que liiiiiiiiiiindo, che". Dentro de alguns poucos minutos, como sempre nos ocorre por aqui, ja somos todos amigos depois de algumas piadinhas relacionadas a futebol e as mulheres corobesas, que sao lindas, diga-se de passagem. Charlamos um pouco e nos marchamos do kiosko.
Estamos voltando para o boliche quando um ruido forte de hawaia japonesa batendo no chao seguido de um brado mais retumbante que o de Don Pendro II pairou en la calle vacia e esquisita, me ametrodanto um pouco, confesso. " CHICOOOOOS, PUEDO ACOMPAÑARLOS???" A louca nos seguiu ate a entrada do baile, falando de sua familia, onde havia estado no Brasil e, claro, tentando mostrar-nos que falava portugues. Nao sei, mas meu lado preconceituoso me diz que era mais uma drogada, pero muy buena onda hay que decirse.
E assim foi nossa Ceia de Natal, regada a Fanta laranja ao lado de figuras digamos indeléveis: uma policial que aceitou nossa proposta de abrir uma exceçao para que os brasileiros comprassem uma cerveja (tao corrupta quanto nós), um peruano bebado tentando comprar cachaça dizendo que estava lejos de su familia e queria tomar uma - ou talvez todas, penso eu - pra relaxar (Depois das 12 eh proibido aqui), um vendedor cordobes buena onda que nos contava com alegria das novelas brasileiras dubladas que mirava, uma louca que fazia meditacao e um viralata com o rabinho balançando querendo nosso pao.... ai está, inFeliz Navidad!!!!

Depois de algumas noites sem dormir e da nossa Ceia de Natal, cada vez mais, estou certo que a linha que divide a diversao e o fundo do poço é tenue, muy tenue. Observem a cara de indignacao do nosso amigo joao "boludo culeado" hahahahahhaa.

7 comentários:

  1. Detalhe para meu portugues que estah uma merda!

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  2. kkkkkkkkkkkkkkkkk caramba best, escreva um livro por favor!!!!haahha
    Apesar de ter rido horrores com sua narração, eu fiquei com dó, owww meu deuuus!! Pelo menos é uma ótima história pra contar,viu =]
    Aproveiteeem bastante por aí!!!!
    Beijooo =* Felizzzzz Natalll!!!

    Gabi

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  3. cumpadi faça o seguinte, me dê um autografo, so pra eu ter o prazer de ter uma escritura sua! pense num escritor de 500 quilates!
    aproveita ai boy doido, e futuramente vc volta ai comigo pra eu ver se eh verdade!


    simm
    gostaria de mandar um salve pro serjoao guerreiro!



    israel teixeira.

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  4. Hola, Joãozinho
    Mostrei a sua avó suas fotos, ela enviou recado pelo orkut.
    Muito boa os comentários de seu amigo,lembro de noite ao retornar de taxi do bar Soy loco por el futebol,,,,,,,,taxista tentando cantar Aquarela do brasil.......(brasil meu brasil brasileiro)... e após sairmos do taxi Órion foi imitá-lo, eu e Sara chegamos ao Hotel em delírios de risos.......é maravilhoso estas trabalhadas linguistícas. Tudo de bom neste novo ano. abs, Tia Marie

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  5. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Jow, decididamente essa é uma história que deve ser compartilhada por gerações e gerações.
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Ótimo escritor, além de tudo.
    =D

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  6. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk que aventura!!!

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  7. meu primo jah tow ate com pena de vc...
    ano passado foi so fartura, viramos o ano cheio de gatas e muita cerveja holandesa...
    esse ano vai ser igual, p mim neh, tas lascado por ai..kkkkk
    feiz ano parceroo

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